segunda-feira, 26 de novembro de 2012


1.     Feudalismo e seu impacto na história do Ocidente

  • ·         Sistema de posse e exploração da terra
  • ·         Segundo Marc Bloch, existiram duas épocas feudais: “A primeira, até meados do século XI, correspondia à organização de um espaço rural estável em que as trocas eram fracas e irregulares, a moeda era rara e o regime de salário, quase inexistente. A segunda foi produto dos grandes desbravamentos de terras, da renovação do comércio, da difusão da economia monetária, da crescente superioridade do comerciante sobre o produtor”.
  • ·         Ou seja: o primeiro tipo de feudalismo é menos produtivo que o segundo tipo de feudalismo
  • ·         Feudalismo pode ser também entendido pelas relações hierarquizadas entre senhor e vassalo.
  • ·         Senhorio: “A exploração rural, o domínio fundiário é a base de uma organização social e política”
  • ·         O vassalo devia fidelidade ao seu senhor e tinha obrigação de contribuir para administração, justiça e exército em troca de proteção.
  • ·         Investidura: cerimônia simbólica de concessão de feudo ao vassalo. Era-lhe entregue um objeto para simbolizar a concessão do feudo.
  • ·         Porém, um vassalo poderia ter vários senhores. Essa era uma prática normal no medievo.
  • ·         Homenagem lígia: o vassalo tinha preferência por tal senhor e, obviamente, servia preferencialmente a este que aos outros senhores.
  • ·         Desafio: o vassalo poderia renunciar ao feudo e à fidelidade do senhor que não cumprisse o que foi acordado, assim como o senhor poderia confiscar o feudo do vassalo que não honrasse seus compromissos.
  • ·         “O centro da organização feudal é o castelo fortificado” Georges Duby
  • ·         O castelo detinha poder econômico, judicial e político.
  • ·         No século XIII, a castelania deixa de ser a principal característica na organização dos poderes, uma vez que o feudalismo rural (nos campos) deixa de ser o principal.

2.     Idade das Trevas? As diferenças entre os séculos V-X e XI-XV

  • ·         O aumento demográfico acentua o progresso na transição dos séculos X e XI. Uma vez que a paz começa a ser instaurada, a população aumenta e, graças a isso, a economia move-se.
  • ·         “Todos estavam sob o efeito do terror das calamidades da época precedente e atormentados pelo receio de, no futuro, se verem arrancados às doçuras da abundância”
  • ·         Por volta do ano Mil, houve uma revolução agrícola, uma vez que –com a ruralização- foi preciso melhoria nos métodos de cultivo. Este é um dos pontos principais para a diferenciação entre Alta e Baixa Idade Média (Terror x Paz)
  • ·         Antes do ano Mil, existiam apenas trinta cidades. Em 1200, já existiam 150 cidades.
  • ·         Com o crescimento da população e da economia, formam-se burgos(cidades) em torno das antigas muralhas feudais. Seus habitantes serão chamados de burgueses.
  • ·         Comuna: populações urbanas em comunidades dotadas de personalidade jurídica. Com as comunas, os burgueses conseguiram alguns privilégios, como conselhos, diretos sobre mercados e impostos e a formação de milícias.
  • ·         Aristocracia e nobreza eram favoráveis às comunas.
  • ·         “A cidade também é, em alguns casos notáveis, uma atividade intelectual animada, que se concentra em torno das escolas catedrais, colégios e, mais tarde, universidades.(...) Os meios escolares e universitários são notavelmente abertos às novidades do mundo urbano, e são incitados pelas suas inovações a propor suas próprias novidades no campo do pensamento.

3.     Os valores da burguesia medieval

  • ·         “A burguesia no sentido medieval não tem, então, nada a ver com a classe que geralmente designamos por este termo, pois ela inclui tanto cavaleiros como trabalhadores assalariados que residem na cidade”
  • ·         Como foi visto no capítulo acima, não havia um choque entre aristocracia e burguesia. Seus interesses fundiam-se. A aristocracia, como vimos, era favorável à formação das comunas.
  • ·         A s comunas, inclusive, são fruto da conveniência entre a aristocracia cavaleireisca e a elite de mestres de ofício.
  • ·         A elite urbana medieval combina atividades artesanais e mercantis com reivindicação de nobreza.
  • ·         A burguesia se esforçava para imitar a nobreza e aristocracia.
  • ·         “Um ‘burguês’, cujo ideal é a renda fundiária e a integração à nobreza, não tem nada em comum com o que entendemos pelo termo burguesia (que supõe ganho tirado da atividade econômica seja essencialmente destinado a ser reinvestido como capital”

4.      O príncipe: de primeiro entre os iguais para o Rei

  • ·         O poder do rei era simbólico e restrito, já que este não controlava seu território.
  • ·         “O resto dos reinos era concedido em feudos, tornados praticamente autônomos e detidos por grandes nobres”
  • ·         Porém, os reis gozam de prestígio e privilégios por serem “reis cristãos”. Ou seja, tornavam-se reis aqueles legitimados por Deus.
  • ·         “Se a consagração não é suficiente para estabelecer uma ‘realeza sagrada’, que integraria o rei ao clero, ela, ao menos, eleva-o um pouco acima dos outros laicos, uma vez que ele é investido de alta missão desejado por Deus (por vezes, ele é mesmo dito ‘coroado por Deus’”
  • ·         O apelo popular do rei é tão grande que acreditavam que, mesmo ao tocá-lo, estariam curados de suas doenças divinamente.
  • ·         O rei tinha duas funções fundamentais: ele deve garantir a paz e a justiça.

5.     A mulher (realidades sociais)

  • ·         As mulheres de diferentes posições sociais tinham distintas funções e posturas diante da sociedade no medievo
  • ·         As senhoras tinham poder uno sobre suas domésticas (criadas e escravas). É dito num relato de 590 que, como punição por tentativa de conspiração, a rainha Faileubu condenou uma doméstica a trabalhar num moinho após ter o rosto mutilado com barras de ferro em brasa. Isso demonstra a superioridade das senhoras sobre suas subordinadas, assim como seus maridos com seus vassalos.
  • ·         Castelãs, na ausência de seus maridos, tomavam frente de suas propriedades. Negociavam e fiscalizavam vassalos e, se fosse preciso, defendiam seus castelos em batalha.
  • ·         As domésticas eram criadas semilivres. Ou seja: eram mulheres – da cidade ou campo – que tinham a função de manter a casa limpa, cuidar das crianças e ser fiel aos seus senhores. Eram pobres, a maioria tinha menos de 13 anos e tinham contrato de tempo indeterminado. Eram agregadas às famílias de seus amos, o que significa um gasto a menos para sua família de origem
  • ·         Artesãs eram pobres, solteiras (para ajudar a família), casadas (para ajudar seus maridos) e viúvas (para sobreviver). Esposas de mestres de ofício supervisionavam meninas aprendizes que, assim que se qualificassem, poderiam abrir um próprio ofício para ganhar a vida. Profissões ligadas ao acabamento na indústria de vestuário eram desenvolvidas por mulheres. Artesãs também estavam ligadas à construção civil e ao setor alimentício e etílico.
  • ·         As negociantes eram parentes de homens negociantes e auxiliavam ou substituíam os homens. Na maioria das vezes, tinham lojas de gênero alimentício nas cidades. As viúvas negociantes também eram extremamente ativas. Entendiam profundamente de operações financeiras e, eventualmente, conseguiram conquista independência em relação aos homens.





segunda-feira, 29 de agosto de 2011

  • Segundo Pierre Deyon, o mercantilismo não existiu, pois a criação de seu conceito é posterior a sua existência.
  • Há uma idéia geral de que mercantilismo são quaisquer idéias ou práticas econômicas que têm como característica básica a intervenção do Estado na economia (idéias não-liberais). É uma idéia erroeamente difundida.
  • Mercantilismo foi o produto das condições específicas de um período histórico do Ocidente, caracterizado pela transição do feudalismo ao capitalismo.
  •  Mercantilismo e capitalismo comercial designam a primeira época histórica do capitalismo, com o comércio como principal característica.
  • Mercantilismo pode ser entendido como conjunto de idéias e práticas econômicas que caracterizam a história econômica européia. Segundo Maurício Dobb, o mercantilismo foi essencialmente a política econômica de uma acumulação primitiva.
  • As idéias e práticas econômicas que a palavra  mercantilismo sintetiza foram, à princípio, indicadas através das expressões "sistema mercantil", acompanhadas de uma conotação francamente negativa, nas obras dos fisiocratas franceses do século XVIII, pois indicavam coisas absurdas e contrárias às leis naturais da economia, especialmente o intervencionismo estatal (idéia liberalista).
  • Balança comercial favorável: medidas destinadas a controlar e restringir importações e estimular exportações ao máximo.
  • Livre-cambismo: privilegia-se a economia nacional e, em consequência, avalia-se o protecionismo econômico sob uma luz mais favorável.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Com uma independência comprada com dinheiro de empréstimo da Inglaterra, o Brasil tornou-se "livre" governado por um Imperador português, D. Pedro I, em acordo de promessa de uma constituição.

Já que o primeiro projeto, Constituição da Mandioca, havia fracassado (os latifundiários do Partido Brasileiro queriam o Imperador sem grandes poderes), D. Pedro fechou o Congressou e, em 1824, instituiu no país uma Constituição com quatro poderes, onde o Poder Executivo era exercido pelo próprio Imperador e o Poder Moderador atuava independente e acima dos outros três Poderes.

O Reconhecimento Inglês da Independência do Brasil aconteceu somente pelo fato de que o comércio Brasil-Inglaterra continuava e pelo Brasil tornar-se monarquia (os ingleses temiam pela fragmentação do país e união com os já independentes e semi-potência EUA).

Por ter apoio somente dos comerciantes portugueses e elite brasileira (já enfraquecido graças a outorgada da Constituição da Mandioca), os dois grupos focados no Rio de Janeiro, o governo de D. Pedro I gerou revoltas no Nordeste contidas com todo rigor e violência, como a Confederação do Equador, que clamava pelo fim do Poder Moderador, melhorias e separação do Nordeste e até mesmo a criação de uma República. Seus líderes, Cipriano Barata e Frei Caneca, foram violentamente mortos, levando ruptura da Igreja com o Império.

Após a perda da região da Cisplatina (hoje Uruguai) e o episódio da Noite das Garrafadas (onde Partido Brasileiro e Partido Português brigavam - literalmente - pela saída ou não do Imperador), D. Pedro abdicou ao trono para assumir Portugal deixando seu filho, de apenas cinco anos, para sucedê-lo quando tivesse idade suficiente.

terça-feira, 4 de maio de 2010

O crash da bolsa de Nova York aconteceu graças ao acúmulo de produção industrial, já que não havia compradores. Como a potência que é, a crise americana afetou outros países, assim como afetou nossa economia brasileira.

O Brasil, que nessa época tinha a economia baseada na exportação de café, perdeu seu maior comprador (EUA), o que fez a cotação do nosso café despencar. Com isso, despencaram também o número de empregos e a popularidade da República do Café-com-Leite (ora um presidente paulista, ora um mineiro).

Washington Luís, último presidente da República Velha (ou Oligárquica), indicou um sucessor mineiro - as eleições estavam próximas.Enquanto a situação do país não melhorava, a oposição ganhava força criando a Aliança Liberal (Aliança essa que trazia o populista Getúlio Vargas como candidato à presidência). Numa eleição fraudulenta, o mineiro Julio Prestes tornou-se presidente e foi deposto logo após o assassinato de João Pessoa, vice-presidente pela AL, levando Vargas a seu primeiro governo em 1930.
 

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